Carpe Diem!
- Igreja Batista Vida Nova - Vila Prudente
- 1 de set. de 2020
- 2 min de leitura
“Porque tudo o que há no mundo, -os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida-, não procede do Pai, mas procede do mundo.” (1 João 2.16)
“Carpe Diem” é uma expressão em latim que significa “aproveite o dia”. Em outras palavras, viva o agora, sem se preocupar com o amanhã. A vida é curta, e precisa ser vivida em sua exuberância, diz uma filosofia humanista chamada Epicurismo. É um sistema criado por um filósofo ateniense chamado Epícuro de Samus, no século quarto, antes de Cristo. Esse sistema se distingue pelo desejo de encontrar a felicidade, dizendo que o que dá sentido a vida é o prazer, como objetivo imediato de cada ação humana.
Alguns autores, indo na direção de Epícuro, nos ajudam a entender essa expressão, e o quanto essa expressão está presente em nosso dia-a-dia, mesmo dentro do ambiente cristão. Clarice Lispector, um nome de expressão, na literatura brasileira, ensina que devemos aproveitar a vida, sem pensar nem questionar: “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.” Também, Albert Camus, autor francês, prêmio Nobel de Literatura, ensinando diz: “A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.”, ou seja, o segredo de um futuro mais rico está na felicidade do presente. Segundo estes, que são somente uma pequena amostra de tantos outros, o maior e melhor empreendimento a que devamos nos lançar é na felicidade do presente. Por isso “Carpe Diem”, segundo eles, aproveite tudo o que você pode, agora! O ontem já se foi; o futuro não chegou, além de ser carregado de incerteza.

Entretanto, eu prefiro ficar com a figura do grande Salomão, que por experiência própria procurou viver exatamente essa filosofia, e se deu mal: “Eu disse a mim mesmo: “Vamos! Prove a alegria; procure ser feliz.” [...] Resolvi no meu coração entregar-me ao vinho,..[...] Empreendi grandes obras. Construí casas e plantei vinhas para mim. Fiz jardins e pomares para mim...” (Eclesiastes 2.1-11) Vale bastante a leitura de todo o capítulo 2 de Eclesiastes, para compreendermos o que deu o “Carpe Diem” de Salomão: “Vaidade de vaidades, diz o pregador. Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.” (Eclesiastes 1.2) Todas as coisas, bolha de sabão! Isto é o que representa bem a sua expressão. Bolhas de sabão!!
Ao final, é uma questão de buscarmos entender, qual cosmovisão (visão de mundo), cada posição expressa. Cosmovisão humana, epicurista, representadas por Clarice Lispector e Albert Camus, ou a de Salomão, representada pela cosmovisão de Deus. Que bom se pudéssemos viver essa vida, da perspectiva de Deus, ao invés de vivermos a vida da perspectiva da filosofia humanista de Epícuro, impulsionada pela busca da filosofia da busca da felicidade, como o maior ideal de vivermos os prazeres deste mundo, que não procede do Pai.
Pr. Manoel Antonio





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